O Tá Todo Lá Dentro Entretainment in association with Naburaca.blogspot.com tem o prazer de apresentar:

The Lord of the Blog's: O Caminho da escuridão

Monday, May 31, 2004

A história de um paleco provinciano que viaja para Lisboa 

Introdução, que é o que o povo gosta de ler sempre
Eu não me sinto um humorista nato. Acho mais que sou um humorista da ONU ou coisa do género. Por falar em ONU, muitos de vocês não sabem o que é a ONU mas eu explico. ONU é como o contribuinte português. O Estado faz a merda e o contribuinte é que se fode. A América faz a merda e a ONU... prontos.
Os humoristas falam muito em inspiração. Eles queixam-se que ás vezes não têm inspiração e tal... Eu ando a procura de entender o que raio é que isso quer dizer...? Será que quando um gajo inspira vêm as ideias? E se andam tanto tempo sem ideias é porque não inspiram? Andam a suster a respiração? Olhem que isso faz mal... Tentem uma inspiração controlada e vão ver que se sentem melhor por dentro, e isso... vê-se por fora. :P
Antes de mais quero só dizer que isto também tem patrocinadores. Estas matérias têm o patrocínio de:
Pastilhas BIBIdent Kids. A pastilha oficial do processo casa pia.
E:
Mercedes, o carro do minist...quer dizer, oficial, da Universidade Moderna.


Partida, Largada, Fugida
A partida foi traumatizante. A viagem foi feita de combóio. A estação estava praticamente vazia (sinal dos tempos modernos). O relógio de parede marcava as... bem não marcava que estava avariado. Fui perguntar ao funcionário a que horas partia o combóio, mas ainda não inventaram papel que fale, então tive que ver o horário mesmo. Estava praticamente a chegar, isto, se não houvesse nenhuma greve.
Meia dúzia de pessoas na sua totalidade já de certa idade, ocupavam os bancos da estação, enquanto falavam dos tempos em que as estações estavam apinhadas de gente. A verdade, é que eu tenho saudades desse tempo. O ridículo é que nunca vivi nesse tempo.
Os homens, trajados de fato e gravata, de chapéu ou cartola e bengala na mão, as tradicionais seiras do almoço perto das senhoras que trabalhavam no campo. As moçoilas de vestido branco ou rosa, sapatinho e luvas a condizer, e algumas delas também de chapéu, sorrindo envergonhadas perante o cumprimento de um jovem galã que por ali passava.
Digam lá, era um tempo lindo ou não era? É bom ter carro e ir onde queremos, mas sem esquecer que o combóio é um excelente meio de transporte. Além disso, todas as viagens têm uma história para contar, bem mais engraçadas que a monótona viagem de carro.
Quando o combóio chegou, peguei no malote, e lá entrei eu. Já no combóio, enquanto este arrancava, dizia adeus pela janela á minha família. Eram 8 irmãos 3 irmãs, 2 tios e respectivas tias, 15 primos o meu avô, a avó, o pai e a mãe, e uns quantos vizinhos (afinal eram dois dias fora de casa).
Até aqui tudo bem, não fosse eu sentar-me de frente para um tipo com ar duvidoso. Parecia que ele estava na duvida se aquele era o combóio gay que ele viu partir da festa do dia anterior na casa do Vanessa.
Não bastasse a poluição visual, tinha a poluição olfactiva que vinha da casa de banho... Parecia que a viagem ia ser longa. Além do cheiro que tinha proveniência da casa de banho, vinha também uma voz fina como a de quem está a atingir o clímax. Não fiquei preocupado, pois pensei tratar-se de mais algum anúncio a um champôo qualquer. Mas passado pouco tempo, vejo sair por detrás da porta um gajo, também ele de ar duvidoso, e era careca. Só depois reparei que ainda trazia o vibrador no cu... Pus-me a pensar se eram eles que se tinham enganado no combóio ou eu...

Um Provinciano na Grande Cidade
Eu estive fora do cúbico este fim-de-semana. Fiz a mala e rumei á terra dos alfacinhas. Como diz na peça “Portugal uma comédia musical”, “Eu quero entrar em Grande na Grande cidade”. Foi o que tentei fazer, mas não consegui crescer até chegar lá. Mas prontos, olha... não se pode ter tudo. Lisboa não é assim tão má como as pessoas querem fazer crer, apenas tem lá uns locais que não são nada bons... mas passando à frente.
Levava a lição bem estudada de casa em relação ao engate. Como engatar uma moçoila (que expressão antiga, entretanto andam-me a chamar avô cantigas) em menos de 5 minutos. E não é que era fácil?! Bastava pedir-lhes para me acompanharam ao shopping... Mas eu não fui por aí, até porque o meu cartão não é de crédito muito menos de ouro (é de lata e não posso dizer muito mal). Então criei um método mais barato e com a mesma eficácia (quer dizer, quase a mesma, um shopping é sempre um shopping).
Primeiro passo: temos que ter sentido de orientação, e orientação é comigo (sei sempre onde se escondem os buracos mais apetecidos... estou a falar de restaurantes, bares, essas coisas, que é que estavam a pensar?!). Mas isto exige um pouco de nós e muitos anos de prática.
Segundo passo: é importante que não estejamos realmente perdidos, pois podem ir parar a sítios indesejados. Se por acaso entrarem numa zona “estranha” nunca perguntem onde estão. Lembrem-se que olhos que não vêem coração que não sente, e se não souberem onde estão, provavelmente não entraram em pânico (pelo menos não tanto como se soubessem...)
Terceiro passo: representar o mínimo que seja. Para quem não sabe representar, treinem em casa em frente ao espelho (só aconselho que não treinem nus pois quando puserem em prática, podem não estar familiarizados com a roupa, e dá barraca).
Quarto e por fim: é preciso ter bom gosto, ou não ter amor à vida nem à reputação. Lembrem-se que um bom fillet dá sempre um grande ego (e outras coisas grandes). Já agora, não tentem aquelas raparigas que andam de uniforme normalmente de azul escuro, e de bíblia na mão. Eu experimentei e nem sabem o sermão... e nem sequer ajoelhou para rezar, imaginem...
Depois destes excelentes tópicos é só fingirmo-nos de perdidos (volto a frisar que é fingir e não estar mesmo perdido. Experimentei e não gostei).
Como passar da teoria à prática:
Sigam na rua e escolham a vitima. Depois da escolha, têm que analisar mais ou menos para onde ela se dirige. Cheguei simpaticamente perto dela e peçam-lhe informações de um local que fique na zona para onde ela vai (mas sem ela saber, claro). Tenham cuidado, nunca perguntem por coisas muito descaradas tais como: “Elefante Branco”, Casal Ventoso, Ministério da Finanças, etc... vocês não querem causar má impressão, quem escolhe sítios como qualquer um destes, não precisa de andar à cata de gajas, precisa de internamento.
Se tudo correr bem, neste momento estão lado a lado com a donzela e é só aplicar o discurso de engate (este vai de pessoa para pessoa). No meu caso, não sei porquê, elas mudavam sempre a rota depois de darem a informação, frisando sempre não terem a certeza... Seria por eu não ser o típico lisboeta que cospe educadamente no chão?
Escarrar sempre foi uma tradição portuguesa (viram esta mudança de assunto? Genial não foi?! Não?! :\ ). Bem, como ia a dizer, pensava que já estava perdida esta nobre tradição de puxar a dita escarla, e sem pudor, atirá-la com toda a força para o chão (nunca percebi porquê... talvez para que ela não fique no monte...). Eu acho, ou melhor, tenho quase a certeza, que se todas as pessoas de Lisboa que têm este hábito, escarrassem todas para um mesmo local, teríamos um dilúvio. Até já estava a ver esse local estratégico: o Túnel do Marquês. Acho que em vez de um túnel para carros, teríamos uma passagem para os submarinos do Paulo Portas (eia, viram? Três criticas ao mesmo tempo... é preciso ser-se muito bom...).
Continuando a minha aventura por Lisboa. Fui ao teatro. É uma das coisas que mais adoro e que infelizmente não tenho oportunidade de ver muito. Fui ver a peça “Portugal, uma comédia musical” com um elenco luxuoso, está mesmo fantástico e eu aconselho. Se uma imagem vale mais que mil palavras, aquele espectáculo vale mais que as palavras todas proferidas desde a existência da raça humana e mais alguns latidos e uivos (este último principalmente, no caso do homem, para quando entra a Marisa ou alguma das bailarinas). Conheci pessoalmente a Sónia Aragão e digo-vos uma coisa só não me atirei a ela porque porque... Eu é que não quis porque se ela quisesse... (isto hoje está a correr bem no que toca a trocadilhos).
O Teatro tem isto de espectacular, uma pessoa tem manifestações (só temos de ter cuidado com o tipo de manifestaçõe...), é o “contacto”. E o contacto é bem porreiro. Eu que o diga. Se não fossem as lentes de contacto, não tinha visto nada da peça... Só para terem uma ideia do quão bom é o contacto.
Conheci o Marco Horácio, esse grande senhor, e tenho uma observação a fazer: tenho que dizer que não é bem como as pessoas dizem, que quem conta um conto acrescenta um ponto, e neste caso específico, tira. Não é ele que não tem pescoço, os outros é que têm pescoço a mais... Grande Marco, eu sei que vens aqui ao blog, e aproveito para te agradecer pelo autografo. Não é todos os dias que se tem um autografo desses.
Conheci também outro grande, este mesmo grande. O Bruno Nogueira. Esse sim, igual ao que as pessoas dizem na TV, o Maior. Só lhe pedi para contar uma piada e ele não disse nenhuma, mas pronto, podia não se ter lembrado de nada... Eu também te mandava um abraço, pá, mas é que eu dou-te pela cintura, não sei se ‘tás a ver a situação embaraçosa... então ficamos pelo aperto de mão.
Quero aproveitar para fazer aqui um espaço de perdidos e achados. É que no inicio da peça, o Manuel Marques (que também me cedeu gentilmente um autografo, grande Manuel) e o Marco Horácio, sentaram-se ao meu lado, enquanto a Marisa Cruz estava no corredor, ali a uns 2 metros, e o coração caiu-me. Se por acaso encontrarem um coração cujo ritmo ainda por esta altura estará acelerado, sem horta, pois é um T1 com vista para a lua, por favor contactem-me.
Quero deixar aqui os meus parabéns a todos os que fizeram o espectáculo, que eu ainda não referi, mas que gostava de poder referir aqui e mandar abraços e beijinhos a todos (cuidado com o que escolhem o.k.?). Quero também pedir-vos desculpas em nome do público. Este não foi um público muito expressivo, mas peço-vos que os compreendam, é que verem o “Olá Portugal” e “A vida é bela” todos os dias, com trocadilhos fáceis, quando se lhes diz um trocadilho mais puxadito o cérebro dá o nó...
Foi então chegado o momento alto do dia, ou melhor, da noite. Saído então do teatro de São Luís, fui direito ao barreiro ver o espectáculo (e que espectáculo) que o João Seabra e o Carlos Moura deram no Kamarra Klub. Tive também o privilégio de estar e falar com eles e foi simplesmente sensacional. Só espero que não tenham ficado com má impressão minha por falar tanto e ser tão chato. (Eu disse “espero que”?!?!)
Achei o Barreiro um pouco diferente daquilo que me retractaram. Primeiro, foi o facto de não ver nem gandulos, nem porrada, nem tiroteios, nem assaltos... fiquei desiludido. Disseram-me tanto mal daquilo que pensei ser assaltado a cada passo que desse. Eu até pensei que aquilo fosse os antigos estúdios dos filmes de cowboys... Até me disseram que aquilo tinha Vacagirls e eu não vi nada... A outra coisa que notei foram as mulheres. Eu noto sempre, mas no Barreiro só existem mulheres lindas. Mas mesmo lindas. Das duas uma, ou as feias têm que pagar imposto para transitarem à noite, ou tinham ido de férias.

Sunday, May 23, 2004

O Homem Baleia?? 

“Quando for grande quero ser "nomenclador" de vulcões tropicais.”
Foram estas as palavras finais de mais um post do blog abrupto, descrevendo uma quase tragédia provocada pelo vulcão Piton de la Fournaise.
Não é por nada, mas sendo o sustentador do blog um homem de cabelo e barba mais branco que outra cor qualquer, e pesando ele uns bem pesados 100kilos, pergunto eu: Quando for maior que isso? Só se quiser ganhar ao Jô Soares...

Saturday, May 22, 2004

Pub TV: O Poderoso Efeito ICE 

Quem não viu já um daqueles anúncios de TV, quando chega o verão, a toda e qualquer marca de bebida? Isto não é de estranhar, que vem sendo apanágio todos os anos pela época balnear. Contudo, na minha perspectiva, tomaram por base para os anúncios, acontecimentos do ano transacto na época homóloga, e não se diferenciam muito uns dos outros. Até me ponho a apostar comigo próprio (que é para nunca perder) que foram todos pedir à mesma agência para fazerem a publicidade.
Recuando um ano (mais coisa menos coisa), damo-nos conta da tragédia que foram os incêndios (por mão criminosa ou não, não estamos aqui para discutir isso), e reparamos na falta de meios disponíveis para o combate aos fogos.
Podemos então concluir, que os anúncios deste ano, vêm trazer uma “ajudinha” aos bombeiros, e á população em geral. Porquê? Bem, muito fácil. Já repararam que as bebidas têm todas a designação Ice? E já repararam que, só ao abrir a dita cuja, tudo á volta fica congelado? Um método simples e muito mais eficaz para o combate aos incêndios, e menos dispendioso.
Atendendo a que o fabrico destes poderosos líquidos sejam um benefício público, de grande poder de prevenção ambiental, sem muita despesa, mas, com muito ágio, sugiro a comparticipação do estado no fabrico destas preciosidades.
Deixo aqui este breve recado e, não sendo eu uma pessoa interesseira, nem avaro, gostaria que após esta medida por parte do estado Português, partilhem apenas 10% da achega, apenas pela dica e pela publicidade. Afinal de contas, são ideias competitivas (digo, de lucros voluptuosos).

 

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